terça-feira, 6 de agosto de 2013

O que é o amor numa visão mais química?


Esqueça todo o romantismo, Shakespeare e Vinícius de Moraes. O amor pode até bater lá pelas bandas do coração, mas ele é resultado de complexas reações químicas que acontecem no cérebro — e nada mais são do que resultado do processo evolutivo humano. Para economizar a gastança de energia e tempo usados no processo da corte, fomos selecionados para concentrar nossa atenção em uma só pessoa — e, assim, criar com sucesso nossos descendentes. Nesse processo estão envolvidos, basicamente, três neurotransmissores: a dopamina, a norepinefrina e a serotonina, todos produzidos por áreas ligadas ao sistema de recompensa e prazer do cérebro. As mãos tremem e o coração e a respiração aceleram quando o ser amado está por perto? Não acuse o cupido. Estão em ação a dopamina e a norepinefrina, substânctias que levam à alegria excessiva, à falta de sono e o sentimento de que o amado é único, e de que é quase impossível compará-lo com alguém. Já aquela compulsão e obsessão pelo parceiro são causadas por baixos níveis de serotonina.
Ah, o amor — Embora a ciência consiga ainda explicar por que, afinal, os homens levam a fama de ser mulherengos (eles são fábricas de espermatozoides que precisam ser espalhados), ela ainda não nos tirou o gosto pelas incertezas do amor. Por mais que você saiba que o hormônio que corre no seu corpo e te faz sentir frio na barriga é a dopamina, você ainda vai, sim, curtir o primeiro beijo, o primeiro amor e sua primeira paixão. E vai se emocionar com os filmes românticos de Hollywood, com as poesias de Vinícius de Moraes e as músicas melosas de Adele. "A paixão pode ser desconfortável, uma situação de extremo êxtase. Mas quanto mais descomunal, melhor. O ser humano vive buscando situações de risco, de perigo, que saiam do cotidiano e da mesmice", diz Carmita Abdo.

disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-quimica-do-amor
Postado por: Cláudia OLiveira

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